Segundo informações do Jornal O Globo, a Polícia Federal vai incluir o discurso que ele fez ontem na investigação que apura a tentativa de golpe de Estado. O ex-chefe do Executivo disse admitiu que existiu uma minuta do golpe, mas que o documento nunca chegou a ir para os conselhos da República.
Do lado do governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, minimizou essa manifestação. Costa avaliou que o ato foi menor do que o planejado pelos organizadores, embora o movimento tenha tomado 7 quarteirões da avenida Paulista. Além disso, o ministro também acredita que Bolsonaro aproveitou o espaço do ato para confessar os crimes cometidos e a tentativa de golpe.
Em geral, o governo tem tentado evitar comentários sobre a mobilização da extrema direita. Ontem, o ministro da secretaria de comunicação, Paulo Pimenta, disse que passou a tarde vendo partidas de futebol. Nesta manhã, Lula foi questionado duas vezes por jornalistas. E não respondeu nenhum dos questionamentos sobre o assunto.
Uma jornalista que questionou o presidente Lula, inclusive, chegou a ser vaiada por militantes de movimentos sociais que acompanhavam, nesta manhã, o lançamento do programa Imóvel da Gente no Palácio do Planalto.
Ato na avenida paulista
No domingo, 25, milhares de pessoas participaram de um ato na Avenida Paulista para prestar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que é o principal adversário político de Lula. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que o ato pró-Bolsonaro reuniu aproximadamente 600 mil pessoas. Grupo de estudo da USP estimou os participantes em 185 mil.
Em discurso durante manifestação, o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu anistia para os condenados pelos ataques golpistas do 8 de janeiro. E também fez referência à minuta do golpe, dizendo que não houve tentativa de golpe – uma vez que o documento não chegou a ser apresentado ao conselho da República.
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